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terça-feira, 18 de novembro de 2014
Wikileaks prepara novo vazamento de arquivos secretos
O fundador do Wikileaks, Julian Assange, revelou neste domingo que a organização prepara um novo vazamento de arquivos secretos e criticou o Google por considerá-lo a serviço do governo dos Estados Unidos.
As declarações foram dadas durante participação em um fórum sobre "Vigilância de Massas" no Festival de Cinema de Lisboa e Estoril (Leffest), por meio de teleconferência, já que continua recluso na embaixada do Equador em Londres.
O ativista australiano não forneceu detalhes sobre o conteúdo do vazamento nem a data que os arquivos serão divulgados.
Durante o discurso, Assange fez duras críticas ao governo e às agências de inteligência americanas por tentarem controlar o maior número possível de dados em nível mundial. Ele destacou que apesar dos muitos ataques contra o Wikileaks, a organização conseguiu sobreviver e segue funcionando.
"Não conseguiram destruir nem um só documento, eles (americanos) perderam", ressaltou o ativista australiano, refugiado na representação diplomática do Equador em Londres desde julho de 2012, após a Corte Suprema Britânica ter autorizado sua extradição para a Suécia.
Os suecos acusam Assange de ter cometido crimes sexuais no país, fato negado pelo ativista. Ele afirma que a extradição é interesse dos Estados Unidos, que quer ele seja julgado assim como Chelsea Manning, soldado que vazou documentos diplomáticos para o Wikileaks em 2010 e condenado a 35 anos de prisão.
Chelsea Manning, ex-analista de inteligência do exército americano, era conhecida como Bradley Manning na época do vazamento, e passou por uma operação de mudança de sexo. A militar atuou em operações americanas no Iraque.
O fundador do Wikileaks defendeu que a principal ameaça de segurança em nível mundial é o poder ilimitado das agências de inteligência. Ele descartou que a vigilância em massa seja o método mais adequado para combater o terrorismo.
Assange criticou a centralização da informação em poucas mãos, algo que, em sua opinião, transformaria o mundo em totalitário, e acusou o Google de manter estreitas relações com o governo americano.
Fonte:http://anonopsbrazil.blogspot.com.br/2014/11/wikileaks-prepara-novo-vazamento-de.html
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Julian Assange - O Mundo Amanhã Legendado
"Você lutou contra a hegemonia dos Estados Unidos. Alá ou a noção de Deus não é o máximo superpoder?", pergunta Julian Assange ao secretário-geral do Hezbollah. A pergunta, que soa ainda mais provocativa em tempos de protestos no Oriente Médio contra o vídeo que satirizava o profeta Maomé, resume a postura do criador do WikiLeaks na primeira -- e polêmica -- entrevista da série "O Mundo Amanhã".
Nela, Assange entrevista pensadores, ativistas e líderes políticos em busca de ideias que podem mudar o mundo. O partido Hezbollah é membro do governo libanês, mas seu braço militar foi descrito como "a guerrilha mais proficiente do mundo". Sob a liderança de Nasrallah, o Hezbollah administrou a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano no ano 2000 e a vitória tática sobre Israel na guerra de 2006. Sayyed Nasrallah foi nomeado uma das pessoas mais influentes do mundo pelas revistas americanas Time e Newsweek. A sua reputação alcança diferentes divisões sectárias e países, e ele é reverenciado ou vilipendiado por milhões de pessoas no Oriente Médio e no mundo todo.
Esta é a primeira entrevista de Nasrallah feita em inglês em uma década. Enquanto os conflitos se acirram no Oriente Médio, Assange aborda temas espinhosos como a posição de Hezbollah -- visto como grande aliado do regime de Assad -- no conflito da Síria. "Somos amigos da Síria, mas não agentes da Síria", responde o libanês, antes de revelar que o Hezbollah procurou setores da oposição síria para pedir que dialogassem com Assad, sem sucesso.
Impossibilitado de deixar a Inglaterra, onde estava em prisão domiciliar, Assange entrevista Nasrallah através de um videolink na casa onde esteve por mais de 500 dias. Por sua vez, Hassan Nasrallah participa da entrevista na sede do Hezbollah no Líbano, cuja localização exata é mantida em segredo por segurança. É lá que ele trabalha sob constante medo de ser assassinado por diferentes grupos e Estados.
Fonte:http://anonopsbrazil.blogspot.com.br/2012/10/julian-assange-o-mundo-amanha-legendado.html
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