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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Abin cria operação para monitorar Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp.


Abin cria operação para monitorar Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp.


Uma falha da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, deu origem a uma operação para monitoramento dos protestos marcados via rede social. A partir de hoje, a organização anunciou que estará monitorando o Twitter, Facebook, Instagram e WhatsApp para avaliar o alcance e comportamento das manifestações que estão tomando conta do Brasil.

De acordo com informações do Estadão, a iniciativa surgiu após o Gabinete de Segurança Institucional não ter alertado os assessores da presidente Dilma Rousseff sobre os protestos que resultaram, inclusive, na invasão do Congresso Nacional. Assim, foi criado um sistema de monitoramento chamado Mosaico, que filtra as postagens das redes a partir de 700 temas definidos pela Abin.

Assim, espera a agência, será possível prever a rota das passeatas, a infiltração de grupos políticos entre os protestos e até mesmo um possível financiamento deles. Hoje mesmo, por exemplo, descobriram-se planos de manifestações em frente ao Palácio do Planalto, onde já foram instaladas grades para proteger as instalações.

O governo não se pronunciou sobre acusações de invasão de privacidade que estão eclodindo aqui e ali na imprensa nacional, principalmente devido à inclusão do WhatsApp na lista de monitoramento. Enquanto redes como o Twiter ou Facebook têm boa parte de seu conteúdo aberto, o mesmo não pode ser dito do aplicativo de mensagens, cujos envios são compartilhados apenas entre os envolvidos na conversa.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Crime cibernético preocupa o Brasil

Crime cibernético preocupa o Brasil



Uma única pessoa é capaz de causar apagões, falta de água e rombos financeiros utilizando apenas um computador. Os chamados crimes cibernéticos são uma preocupação do Ministério da Defesa, principalmente com a proximidade de grandes eventos no país. No Seminário de Defesa Cibernética, o ministro da Defesa, Celso Amorim destacou  o investimento em tecnologia, pesquisa e inovação e a capacitação de profissionais para atuação na área como prioridades para a segurança do país.

De acordo com a assessoria do Ministério da Defesa, o setor cibernético é um dos três eixos estruturantes da Estratégia Nacional de Defesa e deverá receber, num período de quatro anos, investimentos de R$ 400 milhões.

Dos recursos previstos para o Centro de Defesa Cibernética, 27,9% serão destinados à capacitação dos profissionais e 41,33% ao planejamento de segurança. Somente em 2012 estão previstos R$ 83,6 milhões. Para o próximo ano, devem ser investidos R$ 110 milhões. Cerca de R$ 100 milhões deverão ser investido em 2014 e mais R$ 81,7 milhões em 2015.

“O Brasil é a sexta economia do mundo, não pode se privar de meios de defesa modernos, inclusive com relação a possíveis ataques também modernos”, disse o ministro. “Temos que desenvolver essa estratégia de defesa. Já fizemos, na prática, na Rio + 20 e faremos em outros eventos. Vamos evoluir.”

Em setembro deste ano foi inaugurado, oficialmente, o Centro de Defesa Cibernética (CDC) sob comando do Exército, com o objetivo de centralizar conhecimentos e tecnologias já utilizadas por entidades e órgãos como Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Comitê Gestor da Internet (CGI),  Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e organizações militares.

Segundo o chefe do CDC, general José Carlos, o Brasil se equipara a países avançados no que diz respeito ao setor. “Dentro dos nossos projetos, estamos preocupados com a capacitação de tropas. Cada vez mais tropas e operações são controlados por redes. E tudo o que depende de redes tem essa ameaça, temos que nos preocupar em defender esse sistema bélico.”

A Defesa Nacional se preocupa também com a produção brasileira de softwares e equipamentos. A primeira operação inteiramente nacional foi realizada na Rio+20. Para a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas já estão sendo desenvolvidas novas tecnologias. O destaque, segundo o major Alexandre Lara, integrante do CDC, é para a ferramenta de correlação de eventos, com inteligência artificial para identificar uma invasão no sistema de rede.

Apesar de não ter sofrido nenhum grande atentado virtual, o Brasil é um dos países com maior ocorrência de crimes cibernéticos. Em pesquisa realizada pela empresa americana Norton, especializada em antivírus, em 2011, o Brasil estava em quarto lugar numa lista de 24 países com maior quantidade de crimes cibernéticos, abaixo da China, África do Sul e México.

Segundo a pesquisa, 80% dos adultos brasileiros já  foram vítimas desse tipo de crime. No total, é registrado uma nova vítima de crime cibernético a cada 11 dias e perdeu-se, no ano, o equivalente a US$ 15 bilhões.

Edição: Fábio Massalli// matéria atualizada às 18h28 para inclusão dos dados de investimentos do Ministério da Defesa no setor cibernético e de informações sobre crimes virtuais no Brasil.

Fonte: EBC